A tecnologia na sala de aula
A importância de se traçar o novo perfil do setor educacional frente às contínuas e rápidas transformações informático-midiáticas é levantada por Luciano Sathler Guimarães. O autor observa o esforço de planejadores e pensadores envolvidos com a Educação, assim como de gestores de escolas e instituições de ensino superior, para acompanharem esse ritmo acelerado, e, como diz, "não perderem o trem da história". Traz para seu texto a discussão sobre Sociedade da Informação e Sociedade do Conhecimento, apontando o questionamento de esta última estar vinculada, para alguns, a classes dominantes, sendo no fundo, uma Economia do Conhecimento. Reflete sobre a necessidade das mudanças introduzidas serem feitas longe de um pensamento autoritário, ou de uma pressa impensada, mas calcadas numa visão interdisciplinar que, antes de implementar alterações, busque conhecer melhor os valores éticos institucionais, os padrões culturais e contextuais, os objetivos e visão de futuro da instituição, para que defina melhor como construir seu modelo institucional, visando manter-se em relação efetiva com idéias e contextos externos, via informática.
Dando continuidade, e ao mesmo tempo ampliando esta discussão, Cleci Maraschin e Margarete Axt consideram como a idéia da permanência de práticas e modos de agir entre professores-alunos-conhecimento vem sendo modificada por novos dispositivos tecnológicos, que se multiplicam. As autoras perguntam "como as relações, a aprendizagem, os saberes, podem ser afetados com a convivência com a tecnologia?". Buscando responder a essa questão, mostram o intrincado e dinâmico entrelaçamento entre cognição e tecnologia. Acompanhando suas trajetórias, verificam uma perturbação mútua e recíproca, ao caminhar para frente, produzindo alterações na forma de aprender. Nesse sentido, a informática não é vista apenas como um meio para se aprender ou conhecer algo, mas é parte intrínseca, constitutiva, do próprio modo de conhecer. Em texto denso e fluente, acompanham o processo do acoplamento cognição-tecnologia, mostrando ao final como o desenvolvimento dos instrumentos técnico-científicos pode agilizar o pensar em novas soluções, inclusive em relação a problemáticas sociais, mas também, o quanto este desenvolvimento exige que as instituições sociais se apropriem devidamente desse novo instrumental, visando operacionalizá-lo no sentido de uma aprendizagem efetiva.
Fonte:http://universia.com.br/ead/materia.jsp?materia=7079
Postado por:Sandra
Nenhum comentário:
Postar um comentário